domingo, 21 de novembro de 2010

Maldita Lei de Murphy

Está um calor maravilhoso hoje em São Paulo, porém infelizmente estou de enfermeira hoje.

Não aguentando mais, dei uma corridinha no Carrefour para comprar sorvete numa tentativa patética de me refrescar.

Cara ... eu juro para vocês, não sei o que acontece comigo que TODAS as vezes que eu vou ao mercado, ABSOLUTAMENTE TODAS as vezes, quem está na minha frente encalha.

E se eu mudo de fila, acontece o mesmo problema na próxima.

Pois bem, comprei os sorvetes, e estava realmente muito feliz, pois dessa vez só tinha um casal na minha frente com um pote de sorvete nas mãos e 3 calças jeans. A primeira coisa que pensei foi:

Deus existe !!! Domingo a tarde e não tem fila no Carrefour???

A segunda coisa que eu pensei foi MALDITA LEI DE MURPHY !!!

A mulher jurava que as calças custavam 19,90 e não 39,90 como indicava o código de barras. A moça do caixa dizia: Senhora, não estavava escrito Á PARTIR DE 19,90???

Bom eles levaram 3 minutos inteiros para responder a ela que não. O marido da mulher depois da discussão resolveu ir verificar com toda a pressa de uma tartaruga, e eu só pensando no meu sorvete que estava na esteira derretendo.

Já tinha 4 pessoas atrás de mim na fila nessas alturas do campeonato. O homem atrás de mim tinha meio carrinho cheio. Juro por Deus que o bigode dele até tremia.

Sem mentira nenhuma o marido da mulher foi olhar o preço e não voltou mais, sim, não voltou mais. O mercado começou a encher com o fim do jogo do corinthians, e nada do homem voltar.

Após 15 minutos a mulher ia mandar anunciar nos altos falantes o nome do marido, quando ele apareceu com toda aquela pressa do mundo.

Quando ele passou por mim eu dei aquele meu olhar mais sujo na direção dele.

Ele teve a cara de pau de olhar para mulher do caixa e dizer que era 19,90.

Será que eles pensavam que se insistisse nos 19,90 ela iria acreditar neles???

Aí ela foi e acendeu aquela maldita luz esperando a menina dos patins vir e ir lá comprovar que era mesmo 19,90.

O homem atrás de mim começou a massagear o coração, eu olhei para ele e ele estava pálido, suando frio, resolvi não demonstrar minha indignação para não acelerar o processo de infarto do homem.

Após 3 minutos, a menina voltou segurando o cartaz da gondola que dizia em letras garrafais A PARTIR DE 19,90.

Eu juro para você que por muito pouco eu não fiz aqueles dois engolirem o cartaz. Meu coração palpitava freneticamente.

Eles ainda levaram mais 2 minutos para decidir se deixavam a droga das calças lá ou se levavam.

Eu segurava dentro da minha boca todos os palavrões que eu gostaria de falar para eles naquele momento, mais duvido que eles não viam meus olhos em brasa encarando os dois, olhar de Pitbull.

Filnamente após 35 minutos de processo eles deixaram as calças e levaram só o sorvete.

Eu olhei para os meus potes de sorvete em cima da esteira, suados, escorrendo água, e só podia pensar que eles tinham virado milkshake.

Olhei para o homem atrás de mim, na esperança dele sorrir para mim e dizer, ok mocinha, pode trocar seu sorvete eu espero, mas o homem me deu um olhar fulminante.

Moral da história, vim com os meus sorvetes derretidos para casa, e botei no congelador, quem sabe daqui umas duas horas eu consiga tomar.

Droga !!!

Da série: A primeira vez ... (Minha lembrança mais antiga)

A alguns anos atrás, numa sessão de plena nostalgia, estavamos eu e meu irmão conversando com a minha mãe sobre nossas lembranças de quando crianças.

Então eu me virei para perguntar à ela quem eram umas garotas que me levavam para ver peixinhos dourados.

Minha mãe disse num esgasgo, como???

Eu expliquei:

Mãe, eu me lembro que tinham duas garotas que eu simplesmente adorava quando era pequena. Porque eu sabia que quando eu as via, elas me levavam numa casa que no quintal tinha uma banheira de criança, não aquelas de plástico, mas sim aquelas altas que tinha armação de ferro. A banheira era de tecido laranja e tinha uns desenhos pequenos de flores azul e verde.

Dentro dessa banheira tinha uma porção de peixinhos dourados, e eu adorava vê-los ali. E eu adorava aquelas garotas porque elas sempre me levavam para ver os peixinhos. Acho que até o nome de umas delas era Sergina, não sei, mas quando me lembro delas vem esse nome na cabeça.

Minha mãe me olhava com a cara mais assustadora do mundo, como se eu tivesse comendo pregos enferrujados na frente dela.

Fazendo um imenso esforço para falar, ela sussurrou:

Não é possível que vc se lembre disso. Não é possível...

Como assim mãe, não é possivel?? Eu respondi sem entender nada.

Porque vc está certa, uma das meninas se chamava Sergina, e a outra era Márcia, e sim, elas te levavam para ver os peixinhos dourados que o pai delas vendia na feira.
Eh ...eu deixava elas te levarem porque você adorava isso e elas moravam no final da nossa rua.

Mas ... então ela fez uma pausa.

Mas o que mãe? Eu a encorajei.

Você tinha apenas 7 meses, ela falou estupefata ... não entendo como isso é possível.

Uau, como assim 7 meses, a Sra. tem certeza disso???

Tenho, pois nos mudamos de lá quando vc tinha essa idade. E nunca mais voltamos naquele lugar.

Então está aí, acho que essa seria minha primeira lembrança de quando criança.

E a sua, qual seria?

sábado, 20 de novembro de 2010

A Casa do Lago


Estava assistindo agora pouco pela Vigésima Quarta Vez o filme A CASA DO LAGO.

Acho que nunca vou me cansar de assistir esse filme, ele simplesmente é maravilhoso. Além da Magia do Tempo, a mensagem que o filme nos passa é sobre a Perseverança.

Quanto tempo você esperaria por um amor de verdade???

E aí ao longo do filme você descobre que nem o tempo é capaz de apagar as chamas de um amor verdadeiro.

Então me pergunto, será que só amamos verdadeiramente alguém apenas uma vez na vida? Ou podemos amar pessoas diferentes, e de um jeito diferente e mesmo assim tal amor ser verdadeiro?

Bom, devo dizer que minha crença é de que podemos amar novamente, de um jeito novo e diferente um outro alguém !!!

Só resta descobrir quem ...

domingo, 14 de novembro de 2010

Da série: A primeira vez ... (Que fui ao Zoológico)



Esse é o primeiro Post da Série: A primeira vez ...

Resolvi começar com esse porque AMO animais, e há tempos estou com vontade de visitar o Zoo, e aproveitar para por fim a um velho trauma de infancia.

Eu tinha 5 anos a primeira vez que fui ao Zoo, em uma excursão no pré primário e me lembro nitidamente deste dia, pois ao contrário do que vocês possam imaginar, que tenha sido um dia fantástico e mágico na minha vida, foi uma dia mais para ... definitivamente esquecer.

Explico:

Era minha primeira excursão, assim como do meu primo, estudávamos juntos no pré. E nossas mães de primeira viagem também não tinham experiência alguma com seus filhos soltos no mundo em excursões.

Na sua boa vontade de que nosso dia fosse maravilhoso e que ao estar longe delas não esquececemos de nos alimentar direitinho elas, digamos que exageraram um pouquinho nos lanchinhos e na comida.

Certo, eu não estaria sendo justa se dissesse que foi apenas um pouquinho, elas exageraram para Caramba.

Foram várias assadeiras de bolos, de cenoura, chocolate, torta salgada, sanduiche de pão de forma, garrafas térmicas com suco, tudo para alimentar a turma inteira da sala.

O pequeno detalhe é que era apenas para nós dois. Mas a ordem era dividir com os amiguinhos caso eles tivessem vontade, por isso elas resolveram desenformar e mandar tudo inteiro.

Encheram uma sacola bem grande de feira, sabe aquelas coloridas de antigamente, gigantes, que vc podia fazer a feira toda caber dentro da sacola? Tipo essa aqui ...

Então, a intenção foi nobre, mas essa bendita sacola serviu apenas para tornar nosso passeio inesquecível como um grande pesadelo.

Na cabeça delas, a sacola ficaria no onibus de excursão, aguardando o horário do almoço, quando retornariamos ao onibus para pegar nossos lanches, mas não foi bem assim, pois ao chegarmos ao Zoo a professora informou para descermos com nossas "lancheiras" pois só retornariamos ao onibus na hora de ir embora.

Agora você consegue visualizar duas crianças de 5 anos, carregando uma sacola de 30Kg debaixo de um sol de 34 graus o dia inteiro andando sem parar???

Eu segurava em uma alça e meu primo segurava na outra, e mesmo assim a sacola cortava nossas mãozinhas. Para gente era como se tivessemos tentando carregar 300 kg, e a cada hora o peso dobrava.

Só me lembro daquele sol quente queimando minha cabeça, aquela sacola que tinha praticamente o meu peso corporal total, e da vontade que eu tinha de fazer xixi e aquela droga de professora que não parava em nenhum banheiro.

A situação era tão crítica que quando eu parava de chorar por conta da dor no braço do peso que eu estava carregando, meu primo é que começava.

Não conseguiamos nos aproximar para ver nenhum animal de perto, porque era difícil entrar no meio da muvuca de criançada carregando uma sacola tão pesada, mesmo que estavamos carregando-a em dois.

Na hora do almoço estavamos tão cansados e tão doloridos que mal comemos, queriamos apenas se jogar naqueles bancos na sombra e tentar recuperar o mínimo de força que tinhamos.

Tapados como éramos (Porque naquela época criança era Tapada, e os Professores Carrascos), não oferecemos nada para ninguém, ficamos com vergonha devido a quantidade absurda de comida que nossas mães haviam preparado. Além do que cada aluno tinha sua lancheira e estavam plenamente satisfeitos. A professora inclusive havia dito para não comermos demais para evitarmos passar mal após o almoço, devido ao sol muito quente. Era final de Novembro, começo do Verão.

Resultado é que depois do almoço, continuavamos com aquela sacola, pesando aquela altura em torno de meia tonelada.

Quando chegamos com o onibus na escola e vimos nossas mães nos aguardando com os sorrisos de orelha a orelha esperando contarmos todas as novidades e os bichos maravilhosos que conhecemos, tudo que eu podia pensar era que minha mãe não gostava de mim. E esse era o pior castigo que ela havia me dado em toda a minha vida.

Nem preciso dizer que elas ficaram indiganadas que voltamos para casa com a sacola cheia, e quando mencionado que o único bicho que conseguimos ver de longe foi a girafa, ou melhor apenas do pescoço dela para cima.

Mas o que deixou elas mais indiganadas foi as professoras deixarem que duas crianças pequenas arrastassem o dia inteiro uma sacola daquelas pesada pelo Zoo. É .... nem tudo era um mar de rosas quando éramos crianças, principalmente os professores daquela época, mesmo os de prézinho.

Depois desse episódio mal sucedido no Zoo, nunca mais fui. Fiquei traumatizada, e até hoje quando penso em ir no Zoo sinto um mal estar.

Uma pena porque eu realmente adoro animais, apesar de preferir que eles estejam soltos e felizes na natureza.

Bem, é isso aí !!!